sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

NOSSAS VIVENCIAS NO PIBID

Compartilhando experiências...


 “Nossas vivencias  no Pibid” (Programa Institucional de Iniciação à Docência) é  um Diário em que relatamos nossas experiências cotidianas, expressamos nossas memórias e retratamos diferentes formas de perceber nossa prática escolar e nossa vida acadêmica. Através desse instrumento de expressão da escrita, nos é possível: reter ideias, resumir uma atividade, relatar informações, nos estimula a escrever e concretiza uma ligação de coerência entre a vida dentro da escola e fora dela.




Pibid: um novo olhar




  Ao iniciar no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência (Pibid) me deparei com um desafio que era fazer intervenções na sala de aula com alunos, confesso que me senti um pouco perdida. Comecei com as  aplicações dos testes de níveis  da leitura e escrita que aprendemos na faculdade, foi uma experiência muito significativa, pois ficou claro em que aspectos deveria intervir para que pudesse assumir o papel de desafiadora, pois segundo Moreira(2009)  para o aluno aprender é necessário encontrar sentido no que está aprendendo, para isso é necessário: partir dos conceitos que o aluno possui; das experiências que ele tem e relacionar entre si os conceitos aprendidos. 
Portanto conhecer o que os alunos já sabem sobre determinado conceito nos permite criar um ambiente significativo de aprendizagem.
  Aos poucos fui conseguindo fazer minhas intervenções, no início fazia junto com outra colega agora faço sozinha, novamente percebo no meu próprio processo de aprendizagem a importância de aprender com o outro,  é muito gratificante aprender com o colega e  com as crianças, aprendi mais com o passar dos dias e com as experiências adquiridas durante este tempo. Participei do Seminário do PIBID apresentando os resultados da pesquisa que realizamos na escola sobre os jogos existentes e para que níveis de aprendizagem seriam mais adequados.
  Em minhas intervenções passei a usar muitos jogos de alfabetização, confeccionar outros para diversificar, percebi que ao utilizar os jogos as aulas se tornavam mais interessantes, os alunos se envolviam mais, sempre surgiam novos assuntos. Aqui a interdisciplinaridade e a ludicidade estava presente de forma efetiva. Outro aspecto é  a importância da leitura  e do contar  história, para despertar o interesse  e gosto pela arte de escrever e ler, criar uma história a partir das que ouviam se tornou uma tarefa prazerosa, e não mais se escutava “eu não sei escrever”,   começamos a criar nossas próprias histórias e trabalhar os conteúdos escolares a partir destas.
  Outro trabalho significativo foi com o  filme Vida de insetos, embora sendo do interesse dos alunos, pois foi solicitado por eles,   achei que não gostariam, mas para minha surpresa adoraram,  e desencadeou  um novo enfoque para nossas aulas. Era uma turma difícil, apresentavam problemas de disciplina, estavam em defasagem idade/série, não a apresentavam interesse pelas aulas e tinham uma baixa autoestima. Queriam tudo mas não se envolviam e perdiam o interesse rapidamente.
   Mas com o filme foi diferente,  cada um falou o que achou mais interessante, desenharam os animais que faziam parte, pesquisaram sobre a vida de insetos, descobriram muitas curiosidades. Aproveitando  as falas dos alunos  trabalhamos muitos conceitos como: união, ajuda, trabalho em grupo, amizade, o que repercutiu no comportamento em sala de aula. 
Através dessa história foi confeccionado o tapete silábico, onde trabalhamos com a leitura e a escrita.  Segundo Piaget o desenvolvimento cognitivo da criança é um processo continuo  e construído ao longo da vida nas interações com o mundo,  a criança deve manusear , agir, explorar para aprender . No momento em que a criança interage com seu meio,  movimenta-se no espaço, mantem contato e manipula objetos, faz observações, ouve sons ou pensa sobre algo está aprendendo. 
  É neste contexto que nós professor ou futuros professores devemos deixar de “dar aulas” de forma estática, num mundo onde tudo já esta pronto e começarmos a pensar em uma educação em movimento, no qual a  criatividade do aluno, suas ideias, suas histórias, seus desejos, suas vontades, sua curiosidade e disponibilidade interna para aprender ganham especial importância. Freinet já nos colocava que um método esta fadado ao fracasso se não  ensinar o que o aluno tem interesse. Portanto, promover uma aprendizagem significativa que vise a formação de sujeitos conscientes de suas vidas e do papel que representam no sociedade que vivem é essencial para que iniciemos um real processo de transformação da prática pedagógica enfadonha que só leva ao fracasso.
  No Pibid experimentei a minha primeira participação em um evento acadêmico foi  no Seminário Sobre Investigação na Escola,   as trocas de ideias com outros universitários,  ouvir relatos diferenciados com temas diversificados em realidades diferentes ampliou minha visão em relação a educação, ao mesmo tempo vi que os desafios são grandes independentes de onde estamos.                          
  O Pibid me permitiu um novo olhar sobre a educação, formação e prática pedagógica .


Denice  Ribeiro Bitencourt 




Vivencias no  Pibid


   Aos dezessete dias do mês de agosto de dois mil e doze, dei início as minhas atividades no PIBID, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Vilmar Antônio Madeira situada em uma localidade periférica do município. Fui recebida e acolhida pela equipe de professores, alunos e funcionários da escola. Iniciei minhas atividades fazendo análises dos documentos da escola da proposta pedagógica, do regimento escolar, concluindo a tarefa, comecei a investigação sobre a origem e o surgimento da escola, procurou-se saber como surgiu e como foi adquirido o terreno, pois até então não se sabia o correto. 
Desenvolvi outras tarefas como observações dos alunos, da rotina da escola, dos professores, dos funcionários. Busquei de maneira harmoniosa estar atento a todas as minhas obrigações, pois além de proporcionar a vivência em situações cotidianas, o PIBID deu-me a oportunidade do conhecimento e experiências.
  Muitas vezes me imaginando como professora da turma, vendo, ouvindo e também interferindo compreendi as palavras do nosso grande mestre Paulo Freire, (p.25 1998)  “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. Neste contexto, percebe-se a importância do papel do educador, faz parte da sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar

 Eu, particularmente aprendi muito com o PIBID, tanto na desenvoltura, como na prática, ainda me referindo a Freire, “O professor que pensa certo deixa transparecer aos educando que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de intervindo no mundo, conhecer o mundo”. (p. 31).  Neste contexto que percebo que muitas perspectivas e realizações no trabalho que desenvolvi como Pibidiana transformaram para sempre minha visão de educar. 
  Durante as observações foi possível ver o aluno como ele realmente é, como se comporta em sala de aula, no convívio com os colegas e com os professores, como é o seu desenvolvimento nas disciplinas, quais são as suas necessidades, como eram suas brincadeiras na hora do recreio o que mais gostavam de fazer, os tipos de brincadeiras que mais gostavam. Assim, enquanto não se vê não se pode questionar a realidade, hoje tenho a certeza de que o afeto, o carinho, o amor, respeito são fatores extremos no desenvolvimento e na aprendizagem. Sabe-se que para a criança construir seu conhecimento é preciso que ela atue sobre o meio, criando relações, testando suas hipóteses, refletindo sobre o que faz e reestruturando seu pensamento, no entanto, essa criança precisa ser encorajada pelo professor.   Durante este período a escola sempre desenvolveu seus projetos junto aos alunos e a comunidade, pude participar entre outros do lançamento do livro  que os alunos elaboram, das reuniões com pais e professores, onde foram tratados assuntos gerais da comunidade escolar,  chamando-me a atenção a grande participação dos pais nas reuniões escolares, o interesse comum da comunidade escolar. Participei da semana do meio ambiente na escola com exposição de trabalhos dos alunos sobre conscientização da maneira de utilizar a água, dos cuidados que se deve ter com o mosquito da dengue. Na semana da criança foi desenvolvida atividades de lazer: como passeios, filmes, brincadeiras e muita diversão. Realizamos visita as casas de alunos conhecemos como eram as brincadeiras em casa, se o aluno costumava fazer as tarefas escolares propostas para casa (tema), como era o ambiente em que estudavam, quais eram os comportamentos em família, falamos sobre a alimentação e hábitos saudáveis.
  Diante disso me reporto aos PCNs, ( p.169, 1998) ao disser que “na medida em que as experiências cotidianas são mais variadas, e os seus critérios de argumento não dão mais conta de explicar as relações, as associações passam a ser revistas e reconstruídas”.   Rever concepções, buscar novas alternativas são ações necessárias para melhorarmos a educação, portanto, as experiências neste projeto ampliou e mostrou-me que seriedade, respeito, dignidade são instrumentos para que o professor possa educar para uma sociedade mais justa e que alguns fatores não dependem diretamente da escola, e sim de cada um dos envolvidos nesse processo de transformação. Cabe a cada um fazer sua parte na vida do educando, pois só assim se constrói o futuro do educando.
Maria Seluta  Lopes Oliveira



Minha Vida no PIBID
  Eu  Francine Rodrigues de Oliveira, acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade da Região da Campanha – URCAMP, campus Universitário de Caçapava do Sul,  participei do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, foi uma grande experiência  por acreditar que veio  contribuir  em minha formação como educadora, aliando a teoria vista na universidade com a prática no cotidiano escolar. Para Dewey (1976) a teoria serve de bússola para o aprofundamento da experiência, contudo uma experiência só será verdadeiramente educativa, caso se fundamente no princípio da continuidade e da interação.
  Ao participar desse programa (PIBID) pude rever alguns
conceitos, principalmente aqueles de minha formação anterior (Curso Normal), os cursos de formação continuada e os dois Projetos  apresentados  de Iniciação Científica no Congrega (2011 e 2012) com os temas: Teoria e Prática do Projeto Político-Pedagógico(2011) e A Influência da Música na Educação Infantil, oportunizou-me teorizar a realidade  vivida na escola, aproximar a teoria e a prática, creio que um dos desafios da profissão de professor, assim, as pesquisa os estudos estão  contribuindo muito para  minha profissão e para minha carreira como Pedagoga.
Poder estar na escola,  acompanhar de perto o dia a dia, atuar em sala de aula, auxiliar de alguma forma os professores, esta sendo muito  gratificante.
Associar conteúdos vistos na Universidade para elaborar meus projetos na escola deu vida aos conteúdos das aulas, colocar na prática os conteúdos das cadeiras de
Fundamentos Teóricos Metodológicos de Literatura Infantil, Fundamentos Teóricos Metodológicos de Arte, Fundamentos Teóricos Metodológicos da Alfabetização, entre outras, foi  vivenciar o que  Penin (1995) coloca quando salienta as razoes de conhecer o cotidiano escolar,  primeiro porque primeiro porque sendo conhecido é possível conquistá-lo e planejar ações que permitam transformá-lo, assim lutar por mudanças  institucionais no sentido desejado,  segundo , porque o cotidiano, sendo conhecido, podemos tomar medidas adequadas para facilitar o próprio  trabalho do cotidiano escolar,  melhorando a qualidade do ensino realizado.
  Nesse período de bolsista apresentei um artigo no XII Encontro sobre Investigação na Escola com o relato: Níveis de Alfabetização: Letramento e ludicidade nas práticas; CONGREGA e III SIP 2013 com o trabalho de Iniciação Cientifica: PIBID: Um Olhar na Construção da
Escrita e um Artigo publicado no livro: Integração Universidade/Escola: tecendo saberes e fazeres docentes,  com o artigo  A Influência da Linguagem Musical na Alfabetização: Um olhar interdisciplinar. Participei, também do II SIP -  Urcamp: Campus Universitário de Caçapava do Sul  e o Movimento Brasileiro de  Educadores Cristãos - MOBREC com a apresentação das atividades realizada nas escolas parceiras do subprojeto da Pedagogia: Letramento e Ludicidade nas Práticas Interdisciplinares
          Saliento a importância e a relevância do tema do Subprojeto da Pedagogia: Letramento e Ludicidade em Práticas Interdisciplinares, tema, que hoje precisa ser revisto,  por ser indispensável na formação do futuro professor alfabetizador, uma vez que os anos iniciais são à base da educação e tem que ser construída com um olhar e com um cuidado especial, pois é nesses  primeiros anos de escolaridade que devemos oferecer subsídios capazes de auxiliarem na construção de estruturas sólidas de aprendizagens, assim as crianças poderão construir com autonomia conhecimentos significativos. Foram muitas as aprendizagens durante o PIBID (março/2013): realizamos verificações sobre os níveis da alfabetização, aplicando  testes para averiguar as hipóteses das crianças sobre a escrita e leitura, e assim fazermos as intervenções adequadas, selecionamos os jogos que a escola possuíam e que pudessem ser utilizados depois com os alunos em sala de aula.  Verificamos que a escola embora possuísse muitos jogos poucos eram utilizados.
  Participando desse projeto poderei levar as experiências adquiridas e todo o aprendizado para minhas futuras turmas de alunos, continuar pesquisando e atuando na área da educação, sendo um professor pesquisador e atuante na sociedade. Nunca esquecendo a importância que é a educação e o que pode ser feito hoje para mudar a realidade atual e futura nas escolas. 
                                     Francine Rodrigues de Oliveira 





Fragmentos de uma experiência
Considero o Pibid como um momento muito especial para a formação acadêmica onde a ligação entre teoria e prática seja uma constante. Assim podemos trabalhar de forma integrada no ambiente escolar, observando, atuando, participando e acompanhando o cotidiano da escola, vendo o que a academia está ofertando com vistas a formação dos/das futuros/as professores/as. A troca de saberes, experiências, momento de muita aprendizagem, exercício de cidadania e crescimento individual e coletivo. Esse é o melhor jeito de se descobrir a verdadeira vocação para a docência, ou não, aposto que é na prática e convivência que se tem noção do verdadeiro significado desta profissão.
A oportunidade de poder praticar e acompanhar o cotidiano de uma escola, ainda durante a licenciatura, é uma ótima oportunidade para pôr em prática as teorias estudadas, aperfeiçoá-las se necessário, bem como conhecer a realidade escolar e adquirir novos conhecimentos é um continuo  ensino/aprendizagem.
  Olhar a disciplina com o olhar do aluno, não com o olhar de cima e dos planejamentos curriculares e pré-determinados, e sim do ponto de vista do aluno,  estimula a procurar os recursos para que possa trabalhar esta sem prejuízo ao currículo escolar. O facilitador disponibiliza recursos que agucem a curiosidade dos alunos em buscar e aprofundar seus conhecimentos.
  O ser humano já nasce com uma tendência realizadora e o que tem que ser explorado ou restaurado nos alunos é essa tendência que lhe é tirada, cada dia um pouco, dentro do ensino tradicional.Faz parte da vida de um professor facilitador nutrir a curiosidade e as perguntas de seus alunos, permitindo aos alunos serem brilhantes e criativos desenvolverem suas potencialidades, seus interesses e expor suas ideias, mesmo quando estas pareçam sem sentido. 
  A nutrição dessas ideias pode levar a grandes experimentos. ROGERS (1986) não é necessário ensinar as crianças ,  elas precisam de recursos que possam alimentar seus interesses, para fornecer essas oportunidades, é preciso muita imaginação, reflexão e trabalho.
  E  é isso que esta experiência me fez sentir de perto, criar um ambiente que desfiava a mim e os alunos, num jogo de trocas e curiosidade sem limites.
Daiane Landa Correa






Histórias de Vidas construindo conhecimentos


O processo de ler nos transporta a mundo jamais visto isso faz com que diversos fatores do nosso desenvolvimento aflorem. Como já nos diz Monteiro Lobato, quem mal lê, mal fala, mal ouve, mal vê.
O ambiente escolar é o mais propício para o início desse processo, devendo começar pelo professor. Utilizando os meios disponíveis dentro da própria escola, sem deixar de observar critérios básicos da literatura, selecionei livros que contam a história da vida e obras de alguns artistas.
O aluno só saberá a importância da leitura se criar o hábito e sentir o prazer em ler. Por isso na turma de 4ª ano foi escolhido o livro Leonardo da Vinci considerando que Da Vinci foi uma criança pobre, filho ilegítimo, adotou o nome da sua cidade natal como sobrenome, tornando-se um pintor renomado que se destacou também como matemático, engenheiro, inventor, anatomista, escultor, arquiteto, botânico e ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística. Estar em contato com a Literatura é aprender um pouco de uma cultura é despertar o desejo pela fantasia. A literatura tem um papel fundamental no desenvolvimento intelectual, cognitivo e psicológico, principalmente quando nos identificamos com a  obra.
A história de Leonardo da Vinci se encaixa perfeitamente no contexto escolar em questão, assim como a do músico Cartola, uma criança que sempre esteve envolvida com a música e desfilava em blocos desde seus oito anos. Buscou na música razão para ser feliz, trabalhava na construção civil e se incomodava com o cimento que caía sobre seus cabelos e por isso usava um chapéu, o que motivou o apelido de Cartola.
Cartola já havia sofrido uma série de dificuldades, como a morte prematura da mãe, Dona Aida, e a severidade do pai, que o expulsou de casa aos 17 anos. A partir de então, o refúgio do Mestre tornou-se o samba e suas composições.  A utilização de ferramenta apropriadas é capaz de transformar um universo passivo existente em sala de aula, num grande mundo de encantamento e imaginação.                
Assim como os conteúdos básicos a arte também pode fornecer ao aluno conhecimentos de fundamentação teórico-prática baseadas na experimentação e na reflexão, principalmente quando nos referimos a artes visuais, devem contemplar processos de criação, produção e uso de materiais inerentes às linguagens artísticas, com a finalidade de criar um referencial de base para escolhas e aprofundamentos futuros.
Cartola já havia sofrido uma série de dificuldades, como a morte prematura da mãe, Dona Aida, e a severidade do pai, que o expulsou de casa aos 17 anos. A partir de então, o refúgio do Mestre tornou-se o samba e suas composições. 
A utilização de ferramenta apropriadas é capaz de transformar um universo passivo existente em sala de aula, num grande mundo de encantamento e imaginação.                       
Assim como os conteúdos básicos a arte também pode fornecer ao aluno conhecimentos de fundamentação teórico-prática baseadas na experimentação e na reflexão, principalmente quando nos referimos a artes visuais, devem contemplar processos de criação, produção e uso de materiais inerentes às linguagens artísticas, com a finalidade de criar um referencial de base para escolhas e aprofundamentos futuros.
O livro Cartola da Coleção crianças famosas, despertou o interesse da turma, 80%  dos alunos integravam a banda da escola, por esse motivo o interesse geral. As histórias encaixavam-se perfeitamente na realidade daquelas crianças o resto foi acontecendo naturalmente,  eu e eles aprendemos muito juntos.
Trabalhar com projeto é ter um objetivo compartilhado que se expressa num produto final, resultado de um trabalho coletivo.  Para Zabala (1998) o segredo de tudo está na participação dos alunos no processo de aprendizagem. Neste caso as crianças demonstraram interesse nas obras e invenções de Leonardo da Vinci, mais especificamente o paraquedas, acreditando ser a mesma coisa que parapente, algo observado, pelo fato de nosso município ser uma referencia no esporte.  Passamos então a leituras, construções de textos e releitura de obras até que surgiu o interesse pelas invenções de da Vinci, após a apresentação de um vídeo na Rede Globo, Um vôo a moda antiga onde Luigi Cani, paraquedista, testa o primeiro Paraquedas  inventado por Leonardo da Vinci.
Foi encantador ver o quanto o assunto tinha incrementado nossas aulas, trabalhamos diversos assuntos relativos ao interesse dos alunos e dos conteúdos curriculares, bem como o fato das crianças terem oportunidade de observar suas criações e descobertas.
Um bom livro oferece ao professor um vasto leque de possibilidades para despertar o interesse pelo conhecimento, o professor passa a ser um condutor de ideias, fazendo ligações entre: o que se está lendo, com o conteúdo e com os assuntos que vão surgindo das colocações dos alunos. Muitos foram os questionamentos: “Porque estar na escola se quero somente pintar ou desenhar? Para isso não preciso da escola” . Estas indagações foram sendo compreendidas, percebendo que Da Vinci entendia de tudo um pouco e por isso se tornou-se tão famoso. Relacionaram com a história de um colega da escola, que desenha muito bem, mas quem escreve as legendas dos desenhos é um professor da escola, porque ele não sabia fazer. Quando um aluno nos dá esta resposta temos a certeza de que estamos no caminho certo.
O PIBID vem proporcionando momentos impares em minha vida acadêmica desenvolvendo, de forma compartilhada, atividades que auxiliam integralmente na minha formação inicial, bem como incidam de forma positiva na melhoria do processo de ensino e de aprendizagem.  Estar inserida no cotidiano das escolas da rede pública, participando ativamente de planejamentos, pesquisas, experiências metodológicas, práticas docentes de caráter inovador, interdisciplinar,  superando problemas identificados no processo de educacional é uma oportunidade que faz com que minha formação seja de qualidade, não só teórica, mas de vivencia, também.
É conhecendo o problema que podemos agir sobre ele, muitos desistem da licenciatura quando chegam à escola e o Pibid nos proporciona a certeza de estarmos no lugar certo.  Nesses últimos semestres  dei o melhor de mim, muitas vezes me tornando até repetitiva, tinha o objetivo dar o melhor para alunos, diferente daquele estereótipo que a escola apresenta. Tive a oportunidade de trabalhar com  ótimos profissionais  e excelentes pessoas.
Planejei, refiz, construí e desconstruí ao longo deste tempo, procurei oferecer coisas que fugissem da rotina dos alunos, envolvendo o lúdico, o prazer e a  alegria.  Houve espaço para brincar e ser feliz, para aprender e mudar o mundo, melhorar vidas e se tornar, ao menos naqueles momentos,  pessoas felizes e realizadas. Acredito que nós professores  podemos transformar a sala de aula em um espaço, onde as crianças estejam envolvidas na construção de uma sociedade  justa e digna para todos, diferente da que eles conhecem. 



Teresa Cristina Leal dos Santos


Minha formação com o Pibid


  O Pibid está sendo muito importante na  minha formação,  pois abriu as portas para novos conhecimentos e novos desafios, assim, oportunizou-me novas experiências no cotidiano escolar e na vida acadêmica através da participação em congressos e  nos debates sobre a qualificação da educação no ensino básico.
As experiências proporcionadas pelo programa, principalmente na sala de aula e no cotidiano da escola, são riquíssimas para a formação do  professor. 
Aprendemos como devemos agir e  resolver os problemas na sala de aula,  entender e trabalhar melhor os conteúdos, lidar com os alunos  e suas diferenças, como enfocar as disciplinas de forma contextualizada, pesquisar, buscar novas metodologias,  atender os alunos com maiores dificuldades,  adquirindo mais segurança e autoconfiança.
Acredito  que o confronto teórico com a realidade vivida no cotidiano das escolas, ajudará significativamente na superação das limitações presentes nos cursos de formação de professores e na compreensão da complexidade do ambiente de trabalho. Estes temas foram exaustivamente discutidos no próprio curso através das leituras e debates sobre as pesquisas de Pimenta (1994), Cunha (1989),  André (1994), Garcia(1994), Perrenoud (1994), Zeichner (1993).
Assim o PIBID está criando a oportunidade de desmistificar o discurso de muitos professores que  “teoria é uma coisa e a prática é outra, que são coisas muito distantes e  que andam separadas. A universidade garantido a parte teórica e a escola a parte prática  é fundamental para  formação inicial do docente. 
 Vivenciar desde o início ações pedagógicas reais, no espaço escolar e fora dele enriquece, ilustra e dinamiza dá sentido à formação dos futuros professores.
 Este contexto nos remete as palavras  de Severino (2002) ao dizer que a teoria, separada da prática, seria puramente  contemplativa e, como tal, ineficaz sobre o real, por outro lado, a prática desprovida da significação teórica, seria pura operação mecânica, atividade cega.
 O que nos demonstra que ao transitar pelas duas vertentes, prática e teoria, o sujeito  produz e socializa sua condição como um indivíduo de relações, ampliando e firmando seu lugar como ser histórico-social.
Nesse sentido, as teorias estudadas, os projetos vivenciados, os grupos de discussões, os relatos de experiências, as produções escritas nos servem como subsídios para nos consolidarmos como professores. A credito termos atingindo o objetivo do PIBID, pois ao aproximar a Universidade, o licenciado nas escolas da rede pública de ensino, estimulou e elevou a qualidade dos professores.
Este contexto nos remete as palavras  de Severino (2002) ao dizer que a teoria, separada da prática, seria puramente  contemplativa e, como tal, ineficaz sobre o real, por outro lado, a prática desprovida da significação teórica, seria pura operação mecânica, atividade cega.
O que nos demonstra que ao transitar pelas duas vertentes, prática e teoria, o sujeito  produz e socializa sua condição como um indivíduo de relações, ampliando e firmando seu lugar como ser histórico-social.
Nesse sentido, as teorias estudadas, os projetos vivenciados, os grupos de discussões, os relatos de experiências, as produções escritas nos servem como subsídios para nos consolidarmos como professores. A credito termos atingindo o objetivo do PIBID, pois ao aproximar a Universidade, o licenciado nas escolas da rede pública de ensino, estimulou e elevou a qualidade das ações acadêmicas voltadas na formação inicial do nosso curso de pedagogia, proporcionando, assim, um meio de intervenção positivamente na qualidade do ensino das escolas parceiras. 


Danny Santos Munhós 




Relatando minhas experiências
Para mim esta sendo muito importante participar do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência). A experiência de estar no dia a dia da sala de aula e na escola tem contribuindo muito para minha formação profissional. Estou tendo a oportunidade de ver na prática os conteúdos estudados no curso de Pedagogia, como por exemplo, os testes que foram aplicados no inicio do ano com as turmas do Ensino Fundamental, estudamos sobre os níveis da Alfabetização na disciplina de Didática da Alfabetização. As atividades que estão sendo realizadas, neste ano de 2013, em especial, está sendo muito gratificante, estou tendo àoportunidade de acompanhar os alunos do 1°ano do Ensino Fundamental em seu processo de alfabetização, acompanhado as dificuldades e as evoluções do aprendizado. Pude perceber a importância e responsabilidade do trabalho do professor alfabetizador, é necessário que este tenha um formação sólida voltada para a ação e reflexão afim de que possa atender as diferenças e as peculiaridades de cada aluno. Lembrando Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia que coloca que não importa com que faixa etária trabalhe o educador ou educadora. O nosso é um trabalho realizado com gente, miúda, jovem ou adulta, mas gente em permanente processo de busca. Gente formando-se mudando, crescendo, reorientando-se, melhorando, mas porque gente, capaz de negar os valores, de distorcer-se, de recuar, de transgredir (p. 144).
Sinto que as atividades realizadas como: leituras, jogos, produção espontânea de palavras e textos, estão contribuindo com a proposta da professora, ajudando na alfabetização dos alunos.
 O PIBID tendo como objetivo o trabalho em sala de aula de forma lúdica nos faz planejarmos atividades que tornam a alfabetização prazerosa para os alunos. Isso faz sentindo quando me reporto às leituras na universidade e compreendo “que é necessário pensar a importância do conhecimento lúdico no processo de formação do educando, ele facilita à aprendizagem, a construção e assimilação do conhecimento. É importante que a escola valorize o lúdico e que ao se sentir incluída em seu mundo a criança sente prazer em descobrir novos conhecimentos que serão indispensáveis para sua formação como ser humano”.
experiência que o PIBID proporciona, a nós acadêmicos, durante o processo de formação,  de conhecer a verdadeira realidade escolar, estar inserida no contexto da sala de aula, veem me  oferecendo mais segurança para assumir futuramente uma sala de aula. Hoje sei que não encontrarei uma realidade estática, todos iguais, saber que existem varias realidades dentro de uma mesma sala de aula e saber como lidar de forma positiva, é desafiador.
 Além das experiências em sala de aula o PIBID também oportuniza a iniciação cientifica, tive a oportunidade escrever artigos e projetos de pesquisa que foram apresentados em eventos como seminários, encontros, congressos, etc. Este incentivo em forma de bolsa de estudo é muito importante, pois nem sempre os cursos as e universidades têm esta oportunidade.


Ana Lúcia dos Santos Dias



Dialogando sobre minhas experiências

          
Minha experiência no Pibid ocorreu na Escola Municipal de Ensino Fundamental Vilmar Antônio Madeira no mês de julho com  o projeto  sobre folclore  intitulado Aprendendo com o Folclore na Escola”. Realizei o planejamento das atividades juntamente com os professores da escola, com as colegas do Pibid e com o acompanhamento da professora supervisora, definimos os dias para as intervenções em sala de aula e quais seriam as atividades.
O foco do projeto foi despertar o interesse dos alunos pelas manifestações populares, reconhecendo a importância destas na constituição da  nossa cultura, assim como identificando no nosso cotidiano esta influência. O desenvolvimento do projeto do folclore envolveu pesquisas em livros, internet, entrevistas e conversas com professores e pessoas da comunidade, foram discutidas quais atividades seriam aplicadas aos alunos, decidimos que iniciaríamos nossos estudos com uma sessão de filme, visto que a maioria dos alunos nunca tinham ido ao cinema, procuramos organizar um ambiente semelhante, tela grande, pipoca, escurecemos a sala. O filme era sobre a lenda do saci, após comentamos o filme, sempre procurando contextualiza-lo, escrevemos texto sobre “O que é folclore”, esta atividade foi realizada nas turmas de 1º, 2º,  4ª e 5º anos . 
   Para a construção dos textos foram feitas muitas pesquisas, descobrimos qual o dia do folclore, quais as manifestações folclóricas mais conhecidas, conhecemos algumas que eram próprias de diferentes regiões do Brasil, procuramos imagens na internet, pesquisamos em livros, dicionários, cantamos músicas como: barata da vizinha, mestre André, ciranda cirandinha e outras. Trabalhamos ortografia, gramática, conceitos matemáticos, sempre envolvendo o tema folclore.  Contamos as lendas, dramatizamos, criamos desenhos, usamos tinta têmpera, lápis de cera, e outras técnicas, no final realizamos uma exposição na escola.
  O projeto folclore foi apresentado no Congrega, oportunidade em que aprofundamos o assunto e discutimos alguns conceitos bastantes complexos como cultura, tradição, identidade cultural, foi muito interessante, pois os estudos iam nos dando subsídios para enriquecermos os discussões em sala de aula.
  Outro fator interessante é que o tema foi se moldando com a passar do tempo, para cada mês foi dado um enfoque diferente, sempre relacionando com as datas mais importantes do referido mês  . Em setembro trabalhamos o folclore do nosso estado visto o dia do gaúcho vimos os costumes, vestimentas, músicas, comidas típicas, danças e lendas. Visitamos o Centro de Tradição  Gaúcha Clareira da Mata, participamos de palestras sobre a história do CTG e ficamos sabendo que este foi construído por um grupos de negros, pois antigamente os negros não podiam frequentar uma entidade juntamente com os brancos, então criaram um centro somente para eles, hoje não é mais assim; a patroa é uma mulher, coisa não muito comum.
  A partir dessa visita discutimos algumas coisas sobre escravidão e o papel da mulher antigamente e hoje. Pesquisamos sobre a semana Farroupilha, o que foi a Guerra dos Farrapos, vimos algumas curiosidades da época, estudamos também sobre a Independência do Brasil, sobre o Hino Nacional e o hino Riograndense,  letra e música, as cores da  Bandeira Nacional, do Rio Grande e o seu significado.
 No mês de outubro trabalhamos o dia da criança, com muitas atividades de pintura, contamos história com fantoches, levamos músicas, brincadeiras para as crianças, sempre oportunizando a expressão, imaginação de cada um, pois segundo Reverbel (1997) O objetivo na escola não é ter um aluno-autor, um aluno-pintor ou um aluno compositor, mas sim dar oportunidades a cada um de descobrir o mundo, a si próprio e a importância da arte na vida humana. (pg. 49).
 Neste mês, também comemora-se o aniversário de Caçapava do Sul, então, foi o momento de estudarmos os mitos e lendas do nosso município. Sugerimos aos alunos que trabalhassem em grupo, todos se envolveram na dinâmica proposta de conhecer um pouco sobre a história e o folclore de Caçapava do Sul. Entrevistamos as famílias sobre quais lendas que conheciam e surgiram a da chácara queimada, pedra do segredo e do  cemitério da Barbosa.Em novembro nosso foco foi o estudo das bandeiras, trabalhamos com pintura, recortes e colagem, formação de texto. Em dezembro realizamos atividades referentes ao Natal, pesquisamos como esta data era vista em diferentes culturas e como era comemorada, ensaiamos uma apresentação para o encerramento do ano com a letra e música “Então é Natal”, confeccionamos uma árvore de Natalina e ensaiamos uma apresentação. Os alunos demonstraram atração e concentração pelas atividades propostas, cada aluno em particular participou do trabalho com muito interesse e curiosidade.

 Durante nosso projeto percebi a importância de oportunizar atividade artística pois esta se tornam lúdicas,  os alunos se empenham para realizá-las, buscam soluções, fazem planejamentos, discutem regras, assim  oportunizar  um ambiente seguro que respeite suas manifestações é de suma importância para que os alunos se comprometam com as novas aprendizagens. Isso me lembra a fala de Olga Reverbel no livo Um caminho do teatro na escola ao salienta que As atividades de expressão artística são excelentes recursos para auxiliar o crescimento, não somente afetivo e psicomotor como também cognitivo do aluno. O objetivo básico dessas atividades é desenvolver a auto-expressão do aluno, isto é, oferecer-lhe oportunidades de atuar efetivamente no mundo: opinar, criticar e sugerir. (p, 34)
 Assim uma prática pedagógica que permita a ludicidade, que respeita as diferentes formas de manifestações, que permita abordar, relacionar vários temas,  tornando as aulas dinâmicas , não repetitivas e cansativas, é o nosso maior desafio enquanto professores. E estas foram vivenciado nesta experiência como bolsista do Pibid.
Andréia Brandão Schmidt Marques



                                                



                                                  Aprendendo com minhas experiências



“A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar e não aceitar tudo o que elas se propõem”.
Jean Piaget

  Tenho tem por finalidade, destacar as observações e as práticas decorrentes do trabalho realizado em parceria do PIBID com a Escola Antônio Vilmar Madeira.
Durante esse período, foram vários trabalhos que me possibilitaram realizar observações, pelas quais tive a oportunidade de conhecer um trabalho diferenciado dos tradicionais. Para o processo ensino aprendizagem, destaco o projeto “Folclore” e também se faz necessário destacar as reuniões semanais de planejamento com a coordenadora, supervisora e as Pibidianas.
 O objetivo do PIBID e da universidade, é inserir o licenciando nas escolas da rede publica de ensino estimulando e elevando a qualidade das ações acadêmicas voltadas á formação inicial do professor, no curso de pedagogia, proporcionando um meio de interferir positivamente na qualidade do ensino básico.
Foram várias as aprendizagens derivadas dessa parceria, foi possível relacionar a teoria com a prática de sala de aula, ação esta que muito tem a acrescentar na formação do professor.
O contato com a realidade escolar possibilita aprender a lidar com situações inesperadas do cotidiano escolar, bem como as inquietações que suscitam em relação de como fazer a diferença, frente à realidade que nos cerca como educadores.
 As atividades desenvolvidas proporcionaram-me a interação com o meio escolar mostrando os obstáculos que terei que enfrentar como futura professora.
Esse acompanhamento em sala de aula foi muito importante para obter maior aproximação com o alunado, e assim poder alcançar melhores resultados em trabalhos posteriores.
Carmencita Saraiva Gomes 



Olhar da professora supervisora


  Em 2013, as alunas bolsistas do PIBID, do curso de Pedagogia, desenvolveram diversas atividades as quais visaram atender os objetivos do subprojeto Letramento e Ludicidade em Práticas Interdisciplinares , para isso observaram os alunos, as práticas docentes, o funcionamento da escola como um todo, compreendendo melhor tudo o que gera em torno do cotidiano escolar, as rotinas, os conflitos, os professores, alunos, pais, funcionários tudo o que compõe  instituição, ao mesmo tempo estimularam os professores a refletirem sobre sua atuação em sala de aula, a reverem suas metodologias, trocarem ideias, informações, relembrarem as teorias que embasam suas práticas. já e capaz de entender e falar a língua portuguesa com desembaraço e precisão, nas  mais diversas circunstancias de sua vida. (CAGLIARI, 2009, p. 14) .
  Deste modo não se  pode dispensar todo este conhecimento vivido pela criança na escola, de forma que é através das brincadeiras e jogos que o aluno demonstra sua sabedoria, seu cotidiano, suas relações com o mundo externo e interno.
Neste sentido TEBEROSKY 2003, destaca que desde cedo as crianças são sensíveis em relação à linguagem do seu cotidiano, e a aprendizagem da leitura e da escrita se dá dentro do ambiente social e na construção e relação existente entre educador e educando.
  Trazer a ludicidade para dentro da sala de aula e oportunizar que o aluno desenvolva-se de forma criativa, conforme coloca Cagliari (2009, p. 82) que “a escrita é uma atividade nova para a criança, e por isso mesmo requer um tratamento especial na alfabetização” visto que a criança irá fazer uso destes signos ou letras para expressar seu pensamento, suas expectativas, seu conhecimento.A leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que se deve aprender na vida terá de ser conseguido através da leitura fora da escola. A leitura é uma herança maior que qualquer diploma.(CAGLIARI, 2009, p. 130)
  Analisar as fases do desenvolvimento da alfabetização é imprescindível, para o  professor melhor planejar as atividades a serem realizadas com os alunos a fim de oportunizar maior aprendizagem pelos mesmos, assim as pibidianas realizaram os testes da psicogênese com os alunos dos anos iniciais, pois, para a realização da leitura é preciso ter desenvolvido o conhecimento que baseia-se em relacionar o som com as letras, perceber que as possibilidades de combinações destas  formam as silabas e assim as palavras, frases e textos, este processo é chamado por Grossi (1990) de psicogênese da alfabetização, pois a autora entende que a alfabetização é um caminho caracterizado “por uma seqüência de níveis de concepções sobre a leitura e a escrita.”(p.51) Dentro deste contexto a interdisciplinaridade vem como uma prática que oportuniza aos educandos desenvolverem sua aprendizagem de maneira ampla e consistente, Pereira (2008) neste sentido, traz as palavras de Nogueira (2001) que define como interdisciplinar: “o trabalho que se caracteriza pela intensidade das trocas entre especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas, no interior de um projeto específico de pesquisa. Pereira complementa dizendo que”   Considerando o projeto como um instrumento de pesquisa, que possibilita aos alunos serem construtores do seu conhecimento, é necessário que o docente e/ou unidade escolar adote uma perspectiva interdisciplinar, aproveitando em seu currículo as experiências de cada educando.”(p.51)
  As intervenções são realizadas uma vez por semana com dia específico e horário fixo, sendo duas horas atividades semanais de aula diferenciada que segue a sequência dos projetos. Em outro dia as pibidianas reservam para o planejamento e avaliação das atividades dos projetos.Este envolvimento de universidade e escola, unindo teoria e prática cotidiana, qualifica a aprendizagem de ambas instituições, pois de acordo com Pozo (2002), é na tentativa de compreensão e assimilação oriundas de novas e diferentes situações que acontece “não só um crescimento ou expansão desses conhecimentos prévios, como conseqüência desses desequilíbrios ou conflitos entre o conhecimento prévio e a nova informação, um processo de reflexão sobre os próprios conhecimentos.” (p.212)
  As pibidianas também participaram de forma ativa em todas as atividades realizadas na escola e em outros eventos como a Caminhada Cívica, visitação aos CTGs, reuniões de pais, de professores, conselhos de classe, confraternizações, entre outras.


Luciane Soares





Relato de experiência como supervisora de um grupo de pibidianas
  O subprojeto “letramento e ludicidade em práticas interdisciplinares”, do curso de Pedagogia, tem por objetivo a interação da universidade com a escola, em especial os anos iniciais do Ensino Fundamental, atuo como supervisora do grupo de Pedagogia em uma escola da rede municipal de Caçapava do Sul, o qual sou professora regente de uma turma de 2º ano do Ensino Fundamental. Neste ano de 2013 percebi com maior clareza a grandiosidade  deste programa, o qual possibilita as acadêmicas a experimentação do cotidiano escolar numa perspectiva que antecede um dos períodos de maiores angústias durante a formação acadêmica que são os
estágios de final de curso, quisera eu no meu período de estudante de graduação poder fazer parte de um programa como este,  que promove comportamentos e atitudes que favorecem uma melhor qualificação docente,  valendo–me das colocações de Mercedes Carvalho, onde salienta que não acredita que se deva fazer uma separação entre a teoria e a prática, mas sim também dar voz aos professores para que eles exponham os conhecimentos que produzem, a partir do seu cotidiano, realidade da sala de aula, e que para construí-los mobilizam diferentes saberes para atingir diferentes objetivos, e não apenas considerá-los reprodutores de alguma teoria e sim profissionais que também pensam a teoria fundamentando a sua prática, traduzo a importância deste programa.
  Nesse sentido o contato com o cotidiano escolar, é de suma importância no processo pedagógico de formação profissional que criar um elo entre a graduação, a formação teórica e a realidade, fazendo com que o acadêmico consiga vincular a teoria á prática.
As pibidianas de Pedagogia realizaram interferências muito significativas na minha escola, iniciaram este ano realizando levantamentos de dados sobre o acervo literário da escola durante os meses de janeiro e fevereiro o qual favoreceu interferências posteriores no decorrer deste ano, após este período focaram na pesquisa dos níveis de aprendizagens dos alunos baseando-se nas pesquisas de Emília Ferreiro, nas turmas de primeiro, segundo e terceiros anos, com base nestes dados as alunas pesquisaram e classificaram jogos educativos, que poderiam auxiliar os alunos no seu processo de aprendizagem. Alguns destes jogos referidos eram de origem industrial, outros foram elaborados e confeccionados de maneira criativa pelas alunas.
  Após estas interferências nos encontramos, comentamos sobre fatos ocorridos durante a aplicação destas atividades, combinamos previamente as próximas atividades com os professores regentes de cada turma envolvida.
Nas reuniões com nossa coordenadora percebo cada vez maisa importância dos registros detalhados sobre cada experiência vivenciada que tem a finalidade de nortear os caminhos a seguir, pois os diário,  as fichas de leitura, a rotina diária que auxilia o grupo e norteia o trabalho, os jogos, as anotações feitas, as descobertas após a finalização de uma atividade são grandes aliadas para um trabalho eficiente e fonte de reflexões.
As acadêmicas desenvolveram atividades que visava  estimular a criatividade, a autonomia, a atenção, motivando e levando os aluno a se interessarem  pela escrita e leitura, além disso, trabalharam com a pesquisa sobre as obras de grandes artistas das artes  tais como: Leonardo  da Vinci, Tarcila do Amaral, o que foi uma  novidade nas series iniciais.
  As pibidianas participaram ativamente de todos os eventos promovidos pela escola. Por fim, o ano de 2013 foi de muitas atividades e interferências significativas??? Para os alunos, para nós professores e para as bolsistas, pois conseguimos expressar nossa criatividade, participar de momentos que estimularam sentimentos de paz, solidariedade e afeto o qual a grande maioria dos alunos desta realidade desconhecem.
  As experiência vividas neste ano me possibilita reafirmar as colocações dos autores do livro mando Professores Profissionais da Artmed:  “A dificuldade do ato de ensinar está no fato de que ele não pode ser analisado unicamente em termos de tarefas de transmissão de conteúdos e de métodos definidos a priori, uma vez que são as comunicações verbais em classe, as interações vivenciadas, a relação e a variedade das ações em cada situação que permitirão, ou não, a diferentes alunos, o aprendizado em cada intervenção.”
Vera Lúcia Vivian Valgarenghi





APRENDIZADO SOBRE A DOCÊNCIA

  No segundo 2° semestre de 2013 trabalhei na Escola Vilmar Antônio Madeira, contando com o apoio para os estudos e planejamento da professora supervisora da escola e da coordenadora do PIBID, com o Projeto Aprendendo com o Folclore na Escola, pois já havia observado que seria importante desenvolver este tema para despertar o conhecimento cultural nos alunos durante a prática de minhas aulas. Como parte da cultura que formou a base da nossa sociedade, como sabedoria informal passada de geração em geração, trouxe o folclore para as práticas pedagógicas, visto que o mesmo estuda as manifestações do saber popular, portanto seria necessário estender as atividades para além das
 comemorações do mês do folclore (agosto), mas sim ir, além disso, apresentando o valor de todas as outras formas de culturas: local, regional, nacional e mundial como forma de conhecer e (re)afirmar a identidade da comunidade. Através do desenvolvimento deste projeto percebi como o folclore estava inserido no contexto escolar, e a compreensão dos professores em relação ao tema no processo de ensino e aprendizagem. Para realizar o projeto observei os alunos, pesquisei sobre o tema, e planejei atividades a fim de atender s expectativas dos alunos e suas necessidades em relação a leitura, escrita e interpretação, pois conforme Zabala(1998) “a concepção de aprendizagem, que não é possível ensinarmos sem determos nas referências de como os alunos aprendem, chamando a atenção para as particularidade dos processos de aprendizagem de cada aluno ( diversidade).” (p.2)
Por esta razão antes de qualquer aplicação de projetos, desenvolvimento de atividades, é muito importante conhecer o ambiente dos seus alunos, observando qual a realidade deles, levando em consideração suas particularidades, podendo assim desenvolver uma melhor aprendizagem.
  Com essas experiências desenvolvidas na escola  o PIBID me proporcionou  uma oportunidade de reflexão na relação teoria e prática, o que veio a contribuir nos meus estágios curriculares do curso de Pedagogia, proporcionando uma total confiança e liberdade na atuação da minha prática, tenho a certeza que também houve mudanças na minha atuação profissional, dentro da área de Educação Infantil, pude perceber detalhes que antes se passava despercebido, por de repente não ter esse conhecimento.
Outro aspecto relevante foi o conhecimento e experiência de faixa etárias diferentes, possibilitando a mim usufruir dessas experiências fazendo trocas delas, podendo utilizar brincadeiras, projetos, atividades adaptando-as para o público do meu trabalho (Ed.Infantil)  para as atividades do PIBID com as Séries Inicias e vice-versa. Para nós estas experiências que temos com a comunidade colar é uma forma de mais conhecimentos e demonstrar aos demais colegas a importância do PIBID na Universidade e na escola.
  Gabriela Dorneles de Souza