Compartilhando experiências...
“Nossas vivencias no Pibid” (Programa Institucional de
Iniciação à Docência) é um Diário em que
relatamos nossas experiências cotidianas, expressamos nossas memórias e
retratamos diferentes formas de perceber nossa prática escolar e nossa vida
acadêmica. Através desse instrumento de expressão da escrita, nos é possível:
reter ideias, resumir uma atividade, relatar informações, nos estimula a
escrever e concretiza uma ligação de coerência entre a vida dentro da escola e
fora dela.
Pibid: um novo olhar
Ao
iniciar no Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação á Docência (Pibid) me deparei com um desafio que era fazer
intervenções na sala de aula com alunos, confesso que me senti um pouco
perdida. Comecei com as aplicações dos
testes de níveis da leitura e escrita
que aprendemos na faculdade, foi uma experiência muito significativa, pois
ficou claro em que aspectos deveria intervir para que pudesse assumir o papel
de desafiadora, pois segundo Moreira(2009)
para o aluno aprender é necessário encontrar sentido no que está
aprendendo, para isso é necessário: partir dos conceitos que o aluno possui;
das experiências que ele tem e relacionar entre si os conceitos aprendidos.
Portanto conhecer
o que os alunos já sabem sobre determinado conceito nos permite criar um
ambiente significativo de aprendizagem.
Aos
poucos fui conseguindo fazer minhas
intervenções, no início fazia junto com outra colega agora faço sozinha,
novamente percebo no meu próprio processo de aprendizagem a importância de
aprender com o outro, é muito gratificante
aprender com o colega e com as crianças,
aprendi mais com o passar dos dias e com as experiências adquiridas durante
este tempo. Participei do Seminário do PIBID apresentando os resultados da
pesquisa que realizamos na escola sobre os jogos existentes e para que níveis
de aprendizagem seriam mais adequados.
Em
minhas intervenções passei a usar
muitos jogos de alfabetização, confeccionar outros para diversificar, percebi
que ao utilizar os jogos as aulas se tornavam mais interessantes, os alunos se
envolviam mais, sempre surgiam novos assuntos.
Aqui a
interdisciplinaridade e a ludicidade estava presente de forma efetiva. Outro
aspecto é a importância da leitura e do contar
história, para despertar o interesse
e gosto pela arte de escrever e ler, criar uma história a partir das que
ouviam se tornou uma tarefa prazerosa, e não mais se escutava “eu não sei
escrever”, começamos a criar nossas
próprias histórias e trabalhar os conteúdos escolares a partir destas.
Outro
trabalho significativo foi com o filme Vida de insetos, embora sendo do
interesse dos alunos, pois foi solicitado por eles, achei que não gostariam, mas para minha
surpresa adoraram, e desencadeou um novo enfoque para nossas aulas. Era uma
turma difícil, apresentavam problemas de disciplina, estavam em defasagem
idade/série, não a apresentavam interesse pelas aulas e tinham uma baixa
autoestima. Queriam tudo mas não se envolviam e perdiam o interesse
rapidamente.
Mas com o
filme foi diferente, cada um falou o que
achou mais interessante, desenharam os animais que faziam parte, pesquisaram
sobre a vida de insetos, descobriram muitas curiosidades. Aproveitando as falas
dos alunos trabalhamos muitos conceitos
como: união, ajuda, trabalho em grupo, amizade, o que repercutiu no
comportamento em sala de aula.
Através dessa história foi
confeccionado o tapete silábico, onde trabalhamos com a leitura e a
escrita. Segundo Piaget o
desenvolvimento cognitivo da criança é um processo continuo e construído ao longo da vida nas interações
com o mundo, a criança deve manusear ,
agir, explorar para aprender . No momento em que a criança interage com seu
meio, movimenta-se no espaço, mantem
contato e manipula objetos, faz observações, ouve sons ou pensa sobre algo está
aprendendo.
É neste
contexto que nós professor ou futuros professores devemos deixar de “dar aulas”
de forma estática, num mundo onde tudo já esta pronto e começarmos a pensar em
uma educação em movimento, no qual a
criatividade do aluno, suas ideias, suas histórias, seus desejos, suas
vontades, sua curiosidade e disponibilidade interna para aprender ganham
especial importância.
Freinet já nos
colocava que um método esta fadado ao fracasso se não ensinar o que o aluno tem interesse.
Portanto, promover uma aprendizagem significativa que vise a formação de
sujeitos conscientes de suas vidas e do papel que representam no sociedade que
vivem é essencial para que iniciemos um real processo de transformação da
prática pedagógica enfadonha que só leva ao fracasso.
No
Pibid experimentei a minha primeira
participação em um evento acadêmico foi
no Seminário Sobre Investigação na Escola, as trocas de ideias com outros
universitários, ouvir relatos
diferenciados com temas diversificados em realidades diferentes ampliou minha
visão em relação a educação, ao mesmo tempo vi que os desafios são grandes
independentes de onde estamos.
O
Pibid me permitiu um novo olhar sobre a
educação, formação e prática pedagógica .
Denice Ribeiro Bitencourt
Vivencias no Pibid
Aos dezessete
dias do mês de agosto de dois mil e doze, dei início as minhas atividades no
PIBID, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Vilmar Antônio Madeira situada
em uma localidade periférica do município. Fui recebida e acolhida pela equipe
de professores, alunos e funcionários da escola. Iniciei minhas atividades
fazendo análises dos documentos da escola da proposta pedagógica, do regimento
escolar, concluindo a tarefa, comecei a investigação sobre a origem e o
surgimento da escola, procurou-se saber como surgiu e como foi adquirido o
terreno, pois até então não se sabia o correto.
Desenvolvi outras
tarefas como observações dos alunos, da rotina da escola, dos professores, dos
funcionários. Busquei de maneira harmoniosa estar atento a todas as minhas
obrigações, pois além de proporcionar a vivência em situações cotidianas, o
PIBID deu-me a oportunidade do conhecimento e experiências.
Muitas vezes me
imaginando como professora da turma, vendo, ouvindo e também interferindo
compreendi as palavras do nosso grande mestre Paulo Freire, (p.25 1998) “quem ensina aprende ao ensinar e quem
aprende ensina ao aprender”. Neste contexto, percebe-se a importância do papel
do educador, faz parte da sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos,
mas também ensinar a pensar
Eu,
particularmente aprendi muito com o PIBID, tanto na desenvoltura, como na
prática, ainda me referindo a Freire, “O professor que pensa certo deixa
transparecer aos educando que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no
mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de intervindo no
mundo, conhecer o mundo”. (p. 31). Neste
contexto que percebo que muitas perspectivas e realizações no trabalho que
desenvolvi como Pibidiana
transformaram para sempre minha visão de educar.
Durante as
observações foi possível ver o aluno como ele realmente é, como se comporta em
sala de aula, no convívio com os colegas e com os professores, como é o seu
desenvolvimento nas disciplinas, quais são as suas necessidades, como eram suas
brincadeiras na hora do recreio o que mais gostavam de fazer, os tipos de
brincadeiras que mais gostavam.
Assim,
enquanto não se vê não se pode questionar a realidade, hoje tenho a certeza de
que o afeto, o carinho, o amor, respeito são fatores extremos no
desenvolvimento e na aprendizagem. Sabe-se que para a criança construir seu
conhecimento é preciso que ela atue sobre o meio, criando relações, testando
suas hipóteses, refletindo sobre o que faz e reestruturando seu pensamento, no
entanto, essa criança precisa ser encorajada pelo professor. Durante este
período a escola sempre desenvolveu seus projetos junto aos alunos e a
comunidade, pude participar entre outros do lançamento do livro que os alunos elaboram, das reuniões com pais
e professores, onde foram tratados assuntos gerais da comunidade escolar, chamando-me a atenção a grande participação
dos pais nas reuniões escolares, o interesse comum da comunidade escolar. Participei da semana
do meio ambiente na escola com exposição de trabalhos dos alunos sobre
conscientização da maneira de utilizar a água, dos cuidados que se deve ter com
o mosquito da dengue. Na semana da criança foi desenvolvida atividades de
lazer: como passeios, filmes, brincadeiras e muita diversão. Realizamos visita
as casas de alunos conhecemos como eram as brincadeiras em casa, se o aluno
costumava fazer as tarefas escolares propostas para casa (tema), como era o
ambiente em que estudavam, quais eram os comportamentos em família, falamos
sobre a alimentação e hábitos saudáveis.
Diante
disso me reporto aos PCNs, (
p.169, 1998) ao disser que “na medida em que as experiências cotidianas são
mais variadas, e os seus critérios de argumento não dão mais conta de explicar
as relações, as associações passam a ser revistas e reconstruídas”. Rever concepções, buscar novas
alternativas são ações necessárias para melhorarmos a educação, portanto, as
experiências neste projeto ampliou e mostrou-me que seriedade, respeito,
dignidade são instrumentos para que o professor possa educar para uma sociedade
mais justa e que alguns fatores não dependem diretamente da escola, e sim de
cada um dos envolvidos nesse processo de transformação. Cabe a cada um fazer
sua parte na vida do educando, pois só assim se constrói o futuro do educando.
Maria Seluta Lopes Oliveira
Minha Vida no PIBID
Eu Francine
Rodrigues de Oliveira, acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade da
Região da Campanha – URCAMP, campus Universitário de Caçapava do Sul, participei do Programa Institucional de Bolsa
de Iniciação à Docência – PIBID, foi uma grande experiência por acreditar que veio contribuir
em minha formação como educadora, aliando a teoria vista na universidade
com a prática no cotidiano escolar. Para Dewey (1976) a teoria serve de bússola
para o aprofundamento da experiência, contudo uma experiência só será
verdadeiramente educativa, caso se fundamente no princípio da continuidade e da
interação.
Ao
participar desse programa (PIBID) pude rever alguns
conceitos, principalmente aqueles de
minha formação anterior (Curso Normal), os cursos de formação continuada e os
dois Projetos apresentados de Iniciação Científica no Congrega (2011 e
2012) com os temas: Teoria e Prática do Projeto Político-Pedagógico(2011) e A
Influência da Música na Educação Infantil, oportunizou-me teorizar a
realidade vivida na escola, aproximar a
teoria e a prática, creio que um dos desafios da profissão de professor, assim,
as pesquisa os estudos estão
contribuindo muito para minha
profissão e para minha carreira como Pedagoga.
Poder estar na escola, acompanhar de perto o dia a dia, atuar em
sala de aula, auxiliar de alguma forma os professores, esta sendo muito gratificante.
Associar conteúdos vistos na
Universidade para elaborar meus projetos na escola deu vida aos conteúdos das
aulas, colocar na prática os conteúdos das cadeiras de
Fundamentos Teóricos Metodológicos de
Literatura Infantil, Fundamentos Teóricos Metodológicos de Arte, Fundamentos
Teóricos Metodológicos da Alfabetização, entre outras, foi vivenciar o que Penin (1995)
coloca quando salienta as razoes de conhecer o cotidiano escolar, primeiro porque
primeiro porque sendo conhecido é possível
conquistá-lo e planejar ações que permitam transformá-lo, assim lutar por
mudanças institucionais no sentido
desejado, segundo , porque o cotidiano,
sendo conhecido, podemos tomar medidas adequadas para facilitar o próprio trabalho do cotidiano escolar, melhorando a qualidade do ensino realizado.
Nesse
período de bolsista apresentei um artigo no XII Encontro sobre Investigação na
Escola com o relato: Níveis de Alfabetização: Letramento e ludicidade nas
práticas; CONGREGA e III SIP 2013 com o trabalho de Iniciação Cientifica:
PIBID: Um Olhar na Construção da
Escrita e um Artigo publicado no livro:
Integração Universidade/Escola: tecendo saberes e fazeres docentes, com o artigo
A Influência da Linguagem Musical na Alfabetização: Um olhar
interdisciplinar. Participei, também do II SIP - Urcamp: Campus
Universitário de Caçapava do Sul e o
Movimento Brasileiro de Educadores
Cristãos - MOBREC com a apresentação das atividades
realizada nas escolas parceiras do
subprojeto da Pedagogia: Letramento e Ludicidade nas Práticas
Interdisciplinares
Saliento a importância e a relevância
do tema do Subprojeto da Pedagogia: Letramento e Ludicidade em Práticas
Interdisciplinares, tema, que hoje precisa ser revisto, por ser indispensável na formação do futuro
professor alfabetizador, uma vez que os anos iniciais são à base da educação e
tem que ser construída com um olhar e com um cuidado especial, pois é
nesses primeiros anos de escolaridade
que devemos oferecer subsídios capazes de
auxiliarem na construção de estruturas
sólidas de aprendizagens, assim as crianças poderão construir com autonomia
conhecimentos significativos. Foram muitas as aprendizagens durante o PIBID
(março/2013): realizamos verificações sobre os níveis da alfabetização,
aplicando testes para averiguar as
hipóteses das crianças sobre a escrita e
leitura, e assim fazermos as intervenções adequadas, selecionamos os jogos que
a escola possuíam e que pudessem ser utilizados depois com os alunos em sala de
aula. Verificamos que a escola embora
possuísse muitos jogos poucos eram utilizados.
Participando
desse projeto poderei levar as experiências adquiridas e todo o aprendizado
para minhas futuras turmas de alunos, continuar pesquisando e atuando na área
da educação, sendo um professor pesquisador e atuante na sociedade. Nunca
esquecendo a importância que é a educação e o que pode ser feito hoje para mudar
a realidade atual e futura nas escolas.
Francine Rodrigues
de Oliveira
Fragmentos de uma experiência
Considero o Pibid
como um momento muito especial para a formação acadêmica onde a ligação entre
teoria e prática seja uma constante. Assim podemos trabalhar de forma integrada
no ambiente escolar, observando, atuando, participando e acompanhando o
cotidiano da escola, vendo o que a academia está ofertando com vistas a
formação dos/das futuros/as professores/as. A troca de saberes, experiências,
momento de muita aprendizagem, exercício de cidadania e crescimento individual
e coletivo. Esse é o
melhor jeito de se descobrir a verdadeira vocação para a docência, ou não,
aposto que é na prática e convivência que se tem noção do verdadeiro
significado desta profissão.
A oportunidade
de poder praticar e acompanhar o cotidiano de uma escola, ainda durante a
licenciatura, é uma ótima oportunidade para pôr em prática as teorias
estudadas, aperfeiçoá-las se necessário, bem como conhecer a realidade escolar
e adquirir novos conhecimentos é um continuo
ensino/aprendizagem.
Olhar
a disciplina com o olhar do aluno, não
com o olhar de cima e dos planejamentos curriculares e pré-determinados, e sim
do ponto de vista do aluno, estimula a
procurar os recursos para que possa trabalhar esta sem prejuízo ao currículo
escolar. O facilitador disponibiliza recursos que agucem a curiosidade dos
alunos em buscar e aprofundar seus conhecimentos.
O
ser humano já nasce com uma tendência
realizadora e o que tem que ser explorado ou restaurado nos alunos é essa
tendência que lhe é tirada, cada dia um pouco, dentro do ensino tradicional.Faz parte da
vida de um professor facilitador nutrir a curiosidade e as perguntas de seus
alunos, permitindo aos alunos serem brilhantes e criativos desenvolverem suas
potencialidades, seus interesses e expor suas ideias, mesmo quando estas
pareçam sem sentido.
A nutrição
dessas ideias pode levar a grandes experimentos. ROGERS (1986) não é necessário
ensinar as crianças , elas precisam de
recursos que possam alimentar seus interesses, para fornecer essas
oportunidades, é preciso muita imaginação, reflexão e trabalho.
E é isso
que esta experiência me fez sentir de perto, criar um ambiente que desfiava a
mim e os alunos, num jogo de trocas e curiosidade sem limites.
Daiane Landa Correa
Histórias de Vidas construindo conhecimentos
O
processo de ler nos transporta a mundo jamais visto
isso faz com que diversos fatores do nosso
desenvolvimento aflorem. Como já nos diz Monteiro Lobato, quem mal lê, mal
fala, mal ouve, mal vê.
O
ambiente escolar é o mais propício para o início
desse processo, devendo começar pelo professor. Utilizando os meios disponíveis
dentro da própria escola, sem deixar de observar critérios básicos da
literatura, selecionei livros que contam a história da vida e obras de alguns
artistas.
O aluno só
saberá a importância da leitura se criar o hábito e sentir o prazer em ler. Por
isso na turma de 4ª ano foi escolhido o livro Leonardo da Vinci considerando
que Da Vinci foi uma criança pobre, filho ilegítimo, adotou o nome da sua cidade natal como
sobrenome, tornando-se um pintor renomado que se destacou também
como matemático, engenheiro, inventor,
anatomista, escultor, arquiteto, botânico e ainda
conhecido como o precursor da aviação e
da balística. Estar em
contato com a Literatura é aprender um pouco de uma cultura é despertar o
desejo pela fantasia. A literatura tem um papel fundamental no desenvolvimento
intelectual, cognitivo e psicológico, principalmente quando nos identificamos
com a obra.
A
história de Leonardo da Vinci se
encaixa perfeitamente no contexto escolar em questão, assim como a do músico
Cartola, uma criança que sempre esteve envolvida com a música e desfilava em
blocos desde seus oito anos. Buscou na música razão para ser feliz, trabalhava
na construção civil e se incomodava com o cimento que caía
sobre seus cabelos e por isso usava um chapéu, o que motivou o apelido de
Cartola.
Cartola
já havia sofrido uma série de
dificuldades, como a morte prematura da mãe, Dona Aida, e a
severidade do pai, que o expulsou de casa aos 17 anos. A partir de então, o
refúgio do Mestre tornou-se o samba e suas composições. A
utilização de ferramenta apropriadas é capaz de transformar um universo passivo
existente em sala de aula, num grande mundo de encantamento e imaginação.
Assim como os conteúdos básicos a arte
também pode fornecer ao aluno conhecimentos de fundamentação teórico-prática
baseadas na experimentação e na reflexão, principalmente quando nos referimos a
artes visuais, devem contemplar processos de criação, produção e uso de
materiais inerentes às linguagens artísticas, com a finalidade de criar um
referencial de base para escolhas e aprofundamentos futuros.
Cartola já havia
sofrido uma série de dificuldades, como a morte prematura da mãe, Dona Aida, e a
severidade do pai, que o expulsou de casa aos 17 anos. A partir de então, o
refúgio do Mestre tornou-se o samba e suas composições.
A
utilização de ferramenta apropriadas é capaz de transformar um universo passivo
existente em sala de aula, num grande mundo de encantamento e imaginação.
Assim
como os conteúdos básicos a arte também
pode fornecer ao aluno conhecimentos de fundamentação teórico-prática baseadas
na experimentação e na reflexão, principalmente quando nos referimos a artes
visuais, devem contemplar processos de criação, produção e uso de materiais
inerentes às linguagens artísticas, com a finalidade de criar um referencial de
base para escolhas e aprofundamentos futuros.
O livro
Cartola da Coleção crianças famosas, despertou o interesse da turma, 80% dos alunos integravam a banda da escola, por
esse motivo o interesse geral. As histórias encaixavam-se perfeitamente na
realidade daquelas crianças o resto foi acontecendo naturalmente, eu e eles aprendemos muito juntos.
Trabalhar
com projeto é ter um objetivo
compartilhado que se expressa num produto final, resultado de um trabalho
coletivo. Para Zabala (1998) o
segredo de tudo está na participação dos alunos no processo de aprendizagem.
Neste caso as crianças demonstraram interesse nas obras e invenções de Leonardo
da Vinci, mais especificamente o paraquedas, acreditando ser a mesma coisa que
parapente, algo observado, pelo fato de nosso município ser uma referencia no
esporte. Passamos então a
leituras, construções de textos e releitura de obras até que surgiu o interesse
pelas invenções de da Vinci, após a apresentação de um vídeo na Rede Globo, Um vôo a moda
antiga onde Luigi Cani,
paraquedista, testa o primeiro Paraquedas
inventado por Leonardo da Vinci.
Foi encantador
ver o quanto o assunto tinha incrementado nossas aulas, trabalhamos diversos
assuntos relativos ao interesse dos alunos e dos conteúdos curriculares, bem
como o fato das crianças terem oportunidade de observar suas criações e
descobertas.
Um
bom livro oferece ao professor um vasto
leque de possibilidades para despertar o interesse pelo conhecimento, o
professor passa a ser um condutor de ideias, fazendo ligações entre: o que se
está lendo, com o conteúdo e com os assuntos que vão surgindo das colocações
dos alunos. Muitos foram os questionamentos: “Porque estar na escola se quero
somente pintar ou desenhar? Para isso não preciso da escola” . Estas indagações
foram sendo compreendidas, percebendo que Da Vinci entendia de tudo um pouco e
por isso se tornou-se tão famoso. Relacionaram com a história de um colega da
escola, que desenha muito bem, mas quem escreve as legendas dos desenhos é um
professor da escola, porque ele não sabia fazer. Quando um aluno nos dá esta
resposta temos a certeza de que estamos no caminho certo.
O
PIBID vem proporcionando
momentos impares em minha vida
acadêmica desenvolvendo, de forma compartilhada, atividades que auxiliam
integralmente na minha formação inicial, bem como incidam de forma positiva na
melhoria do processo de ensino e de aprendizagem. Estar
inserida no cotidiano das escolas da
rede pública, participando ativamente de planejamentos, pesquisas, experiências
metodológicas, práticas docentes de caráter inovador, interdisciplinar, superando problemas identificados no processo
de educacional é uma oportunidade que faz com que minha
formação seja de qualidade, não só teórica, mas de
vivencia, também.
É conhecendo o problema que podemos
agir sobre ele, muitos desistem da licenciatura quando chegam à escola e o
Pibid nos proporciona a certeza de estarmos no lugar certo. Nesses
últimos semestres dei o melhor de mim,
muitas vezes me tornando até repetitiva, tinha o objetivo dar o melhor para
alunos, diferente daquele estereótipo que a escola apresenta. Tive a
oportunidade de trabalhar com ótimos
profissionais e excelentes pessoas.
Planejei,
refiz, construí e desconstruí ao longo deste tempo, procurei oferecer coisas
que fugissem da rotina dos alunos, envolvendo o lúdico, o prazer e a alegria.
Houve espaço para brincar e ser feliz, para aprender e mudar o mundo,
melhorar vidas e se tornar, ao menos naqueles momentos, pessoas felizes e realizadas. Acredito que nós
professores podemos transformar a sala
de aula em um espaço, onde as crianças estejam envolvidas na construção de uma
sociedade justa e digna para todos,
diferente da que eles conhecem.
Teresa Cristina
Leal dos Santos
Minha formação com o Pibid
O
Pibid está sendo muito importante na minha formação, pois abriu as portas para novos conhecimentos
e novos desafios, assim, oportunizou-me novas experiências no cotidiano escolar
e na vida acadêmica através da participação em congressos e nos debates sobre a qualificação da educação
no ensino básico.
As experiências
proporcionadas pelo programa, principalmente na sala de aula e no cotidiano da
escola, são riquíssimas para a formação do
professor.
Aprendemos
como devemos agir e resolver os problemas na sala de aula, entender e trabalhar melhor os conteúdos,
lidar com os alunos e suas diferenças,
como enfocar as disciplinas de forma contextualizada, pesquisar, buscar novas metodologias, atender os alunos com maiores
dificuldades, adquirindo mais segurança
e autoconfiança.
Acredito que o confronto teórico
com a realidade vivida no cotidiano das escolas, ajudará significativamente na
superação das limitações presentes nos cursos de formação de professores e na
compreensão da complexidade do ambiente de trabalho. Estes temas foram
exaustivamente discutidos no próprio curso através das leituras e debates sobre
as pesquisas de Pimenta (1994), Cunha (1989),
André (1994), Garcia(1994), Perrenoud (1994), Zeichner (1993).
Assim o PIBID está criando a oportunidade de desmistificar o discurso de
muitos professores que “teoria é uma
coisa e a prática é outra, que são coisas muito distantes e que andam separadas. A universidade garantido
a parte teórica e a escola a parte prática
é fundamental para formação
inicial do docente.
Vivenciar desde
o início ações pedagógicas reais, no espaço escolar e fora dele enriquece,
ilustra e dinamiza dá sentido à formação
dos futuros professores.
Este
contexto nos remete as palavras de Severino (2002) ao dizer que a teoria,
separada da prática, seria puramente
contemplativa e, como tal, ineficaz sobre o real, por outro lado, a
prática desprovida da significação teórica, seria pura operação mecânica,
atividade cega.
O que nos
demonstra que ao transitar pelas duas vertentes, prática e teoria, o
sujeito produz e socializa sua condição
como um indivíduo de relações, ampliando e firmando seu lugar como ser
histórico-social.
Nesse sentido,
as teorias estudadas, os projetos vivenciados, os grupos de discussões, os relatos de experiências, as produções escritas nos servem como subsídios para
nos consolidarmos como professores. A credito termos atingindo o objetivo do
PIBID, pois ao aproximar a Universidade, o licenciado nas escolas da rede
pública de ensino, estimulou e elevou a qualidade dos professores.
Este
contexto nos remete as palavras de Severino (2002) ao dizer que a teoria,
separada da prática, seria puramente
contemplativa e, como tal, ineficaz sobre o real, por outro lado, a
prática desprovida da significação teórica, seria pura operação mecânica,
atividade cega.
O que nos
demonstra que ao transitar pelas duas vertentes, prática e teoria, o
sujeito produz e socializa sua condição
como um indivíduo de relações, ampliando e firmando seu lugar como ser
histórico-social.
Nesse sentido,
as teorias estudadas, os projetos vivenciados, os grupos de discussões, os
relatos de experiências, as produções escritas nos servem como subsídios para
nos consolidarmos como professores. A credito termos atingindo o objetivo do
PIBID, pois ao aproximar a Universidade, o licenciado nas escolas da rede
pública de ensino, estimulou e elevou a qualidade das ações acadêmicas voltadas na
formação inicial do nosso curso de pedagogia, proporcionando, assim, um meio de
intervenção positivamente na qualidade do ensino das escolas parceiras.
Danny Santos Munhós
Relatando minhas experiências
Para
mim esta sendo muito importante
participar do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência).
A experiência de estar no dia a dia da sala de aula e na escola tem
contribuindo muito para minha formação profissional. Estou tendo a oportunidade
de ver na prática os conteúdos estudados no curso de Pedagogia, como por
exemplo, os testes que foram aplicados no inicio do ano com as turmas do Ensino
Fundamental, estudamos sobre os níveis da Alfabetização na disciplina de
Didática da Alfabetização. As atividades que estão sendo realizadas, neste ano
de 2013, em especial, está sendo muito gratificante, estou tendo àoportunidade de
acompanhar os alunos do 1°ano do Ensino Fundamental em seu processo de
alfabetização, acompanhado as dificuldades e as evoluções do aprendizado. Pude
perceber a importância e responsabilidade do trabalho do professor
alfabetizador, é necessário que este tenha um formação sólida voltada para a
ação e reflexão afim de que possa atender as diferenças e as peculiaridades de
cada aluno. Lembrando Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia que coloca que não
importa com que faixa etária trabalhe o educador ou educadora. O nosso é um
trabalho realizado com gente, miúda, jovem ou adulta, mas gente em permanente
processo de busca. Gente formando-se mudando, crescendo, reorientando-se,
melhorando, mas porque gente, capaz de negar os valores, de distorcer-se, de recuar,
de transgredir (p. 144).
Sinto que as atividades realizadas
como: leituras, jogos, produção espontânea de palavras e textos, estão
contribuindo com a proposta da professora, ajudando na alfabetização dos
alunos.
O
PIBID tendo como objetivo o trabalho em sala
de aula de forma lúdica nos faz planejarmos atividades que tornam a
alfabetização prazerosa para os alunos. Isso faz
sentindo quando me reporto às leituras na universidade e compreendo
“que é necessário pensar a importância do conhecimento lúdico no processo de
formação do educando, ele facilita à aprendizagem, a construção e assimilação
do conhecimento. É importante que a escola valorize o lúdico e que ao se sentir
incluída em seu mundo a criança sente prazer em descobrir novos conhecimentos
que serão indispensáveis para sua formação como ser humano”.
A experiência que o PIBID proporciona, a
nós acadêmicos, durante o processo de formação,
de conhecer a verdadeira realidade escolar, estar inserida no contexto
da sala de aula, veem me oferecendo mais
segurança para assumir futuramente uma sala de aula. Hoje sei que não
encontrarei uma realidade estática, todos iguais, saber que
existem varias realidades dentro de uma mesma sala de aula e saber como lidar
de forma positiva, é desafiador.
Além
das experiências em sala de aula o
PIBID também oportuniza a iniciação cientifica, tive a oportunidade escrever
artigos e projetos de pesquisa que foram apresentados em eventos como
seminários, encontros, congressos, etc. Este incentivo em forma de bolsa de
estudo é muito importante, pois nem sempre os cursos as e universidades têm
esta oportunidade.
Ana Lúcia
dos Santos Dias
Dialogando sobre minhas experiências
Minha experiência no Pibid ocorreu na Escola
Municipal de Ensino Fundamental Vilmar Antônio Madeira no mês de julho com o projeto
sobre folclore intitulado Aprendendo com o Folclore na Escola”. Realizei
o planejamento das atividades juntamente com os professores da escola, com as
colegas do Pibid e com o acompanhamento da professora supervisora, definimos os
dias para as intervenções em sala de aula e quais seriam as atividades.
O foco do projeto foi despertar o interesse dos alunos pelas
manifestações populares, reconhecendo a importância destas na constituição
da nossa cultura, assim como identificando
no nosso cotidiano esta influência. O desenvolvimento
do projeto do folclore envolveu pesquisas em livros, internet, entrevistas e
conversas com professores e pessoas da comunidade, foram discutidas quais
atividades seriam aplicadas aos alunos, decidimos que iniciaríamos nossos
estudos com uma sessão de filme, visto que a maioria dos alunos nunca tinham
ido ao cinema, procuramos organizar um ambiente semelhante, tela grande,
pipoca, escurecemos a sala. O filme era sobre a lenda do saci, após comentamos
o filme, sempre procurando contextualiza-lo, escrevemos texto sobre “O que é
folclore”, esta atividade foi realizada nas turmas de 1º, 2º, 4ª e 5º anos .
Para a
construção dos textos foram feitas muitas pesquisas, descobrimos qual o dia do
folclore, quais as manifestações folclóricas mais conhecidas, conhecemos
algumas que eram próprias de diferentes regiões do Brasil, procuramos imagens
na internet, pesquisamos em livros, dicionários, cantamos músicas como: barata
da vizinha, mestre André, ciranda cirandinha e outras. Trabalhamos ortografia,
gramática, conceitos matemáticos, sempre envolvendo o tema folclore. Contamos as lendas, dramatizamos, criamos
desenhos, usamos tinta têmpera, lápis de cera, e outras técnicas, no final
realizamos uma exposição na escola.
O projeto
folclore foi apresentado no Congrega, oportunidade em que aprofundamos o
assunto e discutimos alguns conceitos bastantes complexos como cultura,
tradição, identidade cultural, foi muito interessante, pois os estudos iam nos
dando subsídios para enriquecermos os discussões em sala de aula.
Outro
fator interessante é que o tema foi se
moldando com a passar do tempo, para cada mês foi dado um enfoque diferente,
sempre relacionando com as datas mais importantes do referido mês . Em setembro trabalhamos o folclore do nosso
estado visto o dia do gaúcho vimos os costumes, vestimentas, músicas, comidas
típicas, danças e lendas.
Visitamos o Centro
de Tradição Gaúcha Clareira da Mata,
participamos de palestras sobre a história do CTG e ficamos sabendo que este
foi construído por um grupos de negros, pois antigamente os negros não podiam
frequentar uma entidade juntamente com os brancos, então criaram um centro
somente para eles, hoje não é mais assim; a patroa é uma mulher, coisa não
muito comum.
A
partir dessa visita discutimos algumas
coisas sobre escravidão e o papel da mulher antigamente e hoje. Pesquisamos
sobre a semana Farroupilha, o que foi a Guerra dos Farrapos, vimos algumas
curiosidades da época, estudamos também sobre a Independência do Brasil, sobre
o Hino Nacional e o hino Riograndense, letra e música, as cores da Bandeira Nacional, do Rio Grande e o seu
significado.
No
mês de outubro trabalhamos o dia da
criança, com muitas atividades de pintura, contamos história com fantoches,
levamos músicas, brincadeiras para as crianças, sempre oportunizando a expressão,
imaginação de cada um, pois segundo Reverbel (1997) O
objetivo na escola não é ter um aluno-autor, um aluno-pintor ou um aluno
compositor, mas sim dar oportunidades a cada um de descobrir o mundo, a si
próprio e a importância da arte na vida humana. (pg. 49).
Neste mês,
também comemora-se o aniversário de Caçapava do Sul, então, foi o momento de
estudarmos os mitos e lendas do nosso município. Sugerimos aos alunos que
trabalhassem em grupo, todos se envolveram na dinâmica proposta de conhecer um
pouco sobre a história e o folclore de Caçapava do Sul. Entrevistamos as
famílias sobre quais lendas que conheciam e surgiram a da chácara queimada,
pedra do segredo e do cemitério da
Barbosa.Em novembro
nosso foco foi o estudo das bandeiras, trabalhamos com pintura, recortes e
colagem, formação de texto. Em dezembro realizamos atividades referentes ao
Natal, pesquisamos como esta data era vista em diferentes culturas e como era
comemorada, ensaiamos uma apresentação para o encerramento do ano com a letra e
música “Então é Natal”, confeccionamos uma árvore de Natalina e ensaiamos uma
apresentação. Os alunos demonstraram atração e concentração pelas atividades
propostas, cada aluno em particular participou do trabalho com muito interesse
e curiosidade.
Durante nosso projeto percebi a importância de
oportunizar atividade artística pois esta se tornam lúdicas, os alunos se empenham para realizá-las,
buscam soluções, fazem planejamentos, discutem regras, assim oportunizar
um ambiente seguro que respeite suas manifestações é de suma importância
para que os alunos se comprometam com as novas aprendizagens. Isso me lembra a fala de Olga Reverbel no livo Um caminho do teatro na escola ao
salienta que As atividades de expressão artística são excelentes recursos para
auxiliar o crescimento, não somente afetivo e psicomotor como também cognitivo
do aluno. O objetivo básico dessas atividades é desenvolver a auto-expressão do
aluno, isto é, oferecer-lhe oportunidades de atuar efetivamente no mundo:
opinar, criticar e sugerir. (p, 34)
Assim uma
prática pedagógica que permita a ludicidade, que respeita as diferentes formas
de manifestações, que permita abordar, relacionar vários temas, tornando as aulas dinâmicas , não repetitivas
e cansativas, é o nosso maior desafio enquanto professores. E estas foram
vivenciado nesta experiência como bolsista do Pibid.
Andréia
Brandão Schmidt Marques
Aprendendo com minhas
experiências
“A
principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas
novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram homens que
sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar
mentes que estejam em condições de criticar e não aceitar tudo o que elas se
propõem”.
Jean Piaget
Tenho tem por
finalidade, destacar as observações e as práticas decorrentes do trabalho
realizado em parceria do PIBID com a Escola Antônio Vilmar Madeira.
Durante esse período, foram vários
trabalhos que me possibilitaram realizar observações, pelas quais tive a
oportunidade de conhecer um trabalho diferenciado dos tradicionais. Para o processo ensino aprendizagem,
destaco o projeto “Folclore” e também se faz necessário destacar as reuniões
semanais de planejamento com a coordenadora, supervisora e as Pibidianas.
O objetivo do PIBID e da universidade, é inserir o licenciando nas
escolas da rede publica de ensino estimulando e elevando a qualidade das ações
acadêmicas voltadas á formação inicial do professor, no curso de pedagogia,
proporcionando um meio de interferir positivamente na qualidade do ensino
básico.
Foram várias as aprendizagens derivadas
dessa parceria, foi possível relacionar a teoria com a prática de sala de aula,
ação esta que muito tem a acrescentar na formação do professor.
O contato com a realidade escolar possibilita aprender a lidar com
situações inesperadas do cotidiano escolar, bem como as inquietações que
suscitam em relação de como fazer a diferença, frente à realidade
que nos cerca como educadores.
As
atividades desenvolvidas
proporcionaram-me a interação com o meio escolar mostrando os obstáculos que
terei que enfrentar como futura professora.
Esse acompanhamento em sala de aula foi
muito importante para obter maior aproximação com o alunado, e assim poder
alcançar melhores resultados em trabalhos posteriores.
Carmencita Saraiva
Gomes
Olhar da professora supervisora
Em
2013, as alunas bolsistas do PIBID, do
curso de Pedagogia, desenvolveram diversas atividades as quais visaram atender
os objetivos do subprojeto Letramento e
Ludicidade em Práticas Interdisciplinares , para isso
observaram os alunos, as práticas docentes, o funcionamento da escola como um
todo, compreendendo melhor tudo o que gera em torno do cotidiano escolar, as
rotinas, os conflitos, os professores, alunos, pais, funcionários tudo o que
compõe instituição, ao mesmo tempo
estimularam os professores a refletirem sobre sua atuação em sala de aula, a
reverem suas metodologias, trocarem ideias,
informações, relembrarem as teorias que embasam suas práticas.
já e capaz de entender e falar a língua
portuguesa com desembaraço e precisão, nas
mais diversas circunstancias de sua vida. (CAGLIARI, 2009, p. 14) .
Deste
modo não se pode dispensar todo este conhecimento vivido
pela criança na escola, de forma que é através das brincadeiras e jogos que o
aluno demonstra sua sabedoria, seu cotidiano, suas relações com o mundo externo
e interno.
Neste sentido TEBEROSKY 2003, destaca
que desde cedo as crianças são sensíveis em relação à linguagem do seu
cotidiano, e a aprendizagem da leitura e da escrita se dá dentro do ambiente
social e na construção e relação existente entre educador e educando.
Trazer
a ludicidade para dentro da sala de
aula e oportunizar que o aluno desenvolva-se de forma criativa, conforme coloca
Cagliari (2009, p. 82) que “a escrita é uma atividade nova para a criança, e
por isso mesmo requer um tratamento especial na alfabetização” visto que a
criança irá fazer uso destes signos ou letras para expressar seu pensamento,
suas expectativas, seu conhecimento.A leitura é
a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que se deve aprender na
vida terá de ser conseguido através da leitura fora da escola. A leitura é uma
herança maior que qualquer diploma.(CAGLIARI, 2009, p. 130)
Analisar
as fases do desenvolvimento da
alfabetização é imprescindível, para o
professor melhor planejar as atividades a serem realizadas com os alunos
a fim de oportunizar maior aprendizagem pelos mesmos, assim as pibidianas
realizaram os testes da psicogênese com os alunos dos anos iniciais, pois, para
a realização da leitura é preciso ter desenvolvido o conhecimento que baseia-se
em relacionar o som com as letras, perceber que as possibilidades de
combinações destas formam as silabas e
assim as palavras, frases e textos, este processo é chamado por Grossi (1990)
de psicogênese da alfabetização, pois a autora entende que a alfabetização é um
caminho caracterizado “por uma seqüência de
níveis de concepções sobre a leitura e a escrita.”(p.51) Dentro deste
contexto a interdisciplinaridade vem como uma prática que oportuniza aos
educandos desenvolverem sua aprendizagem de maneira ampla e consistente,
Pereira (2008) neste sentido, traz as palavras de Nogueira (2001) que define
como interdisciplinar: “o trabalho que se caracteriza pela intensidade das
trocas entre especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas, no
interior de um projeto específico de pesquisa. Pereira complementa dizendo que”
Considerando
o projeto como um instrumento de
pesquisa, que possibilita aos alunos serem construtores do seu conhecimento, é
necessário que o docente e/ou unidade escolar adote uma perspectiva
interdisciplinar, aproveitando em seu currículo as experiências de cada educando.”(p.51)
As
intervenções são realizadas uma vez por
semana com dia específico e horário fixo, sendo duas horas atividades semanais
de aula diferenciada que segue a sequência
dos projetos. Em outro dia as pibidianas reservam
para o planejamento e avaliação das atividades dos projetos.Este envolvimento
de universidade e escola, unindo teoria e prática cotidiana, qualifica a
aprendizagem de ambas instituições, pois de acordo com Pozo (2002),
é na tentativa de compreensão e assimilação oriundas de novas e diferentes
situações que acontece “não só um crescimento ou expansão desses conhecimentos
prévios, como conseqüência desses
desequilíbrios ou conflitos entre o conhecimento prévio e a nova informação, um
processo de reflexão sobre os próprios conhecimentos.” (p.212)
As
pibidianas também
participaram de forma ativa em todas as atividades realizadas na escola e em
outros eventos como a Caminhada Cívica, visitação aos CTGs,
reuniões de pais, de professores, conselhos de classe, confraternizações, entre
outras.
Luciane
Soares
Relato de experiência como supervisora de um grupo de pibidianas
O
subprojeto “letramento e ludicidade em práticas
interdisciplinares”, do curso de Pedagogia, tem por objetivo a interação da
universidade com a escola, em especial os anos iniciais do Ensino Fundamental,
atuo como supervisora do grupo de Pedagogia em uma escola da rede municipal de
Caçapava do Sul, o qual sou professora regente de uma turma de 2º ano do Ensino
Fundamental. Neste ano
de 2013 percebi com maior clareza a grandiosidade deste programa, o qual
possibilita as acadêmicas a experimentação do cotidiano escolar numa
perspectiva que antecede um dos períodos de maiores angústias durante a
formação acadêmica que são os
estágios de final de curso, quisera eu
no meu período de estudante de graduação poder fazer parte de um programa como
este, que promove comportamentos e
atitudes que favorecem uma melhor qualificação docente, valendo–me das
colocações de Mercedes Carvalho, onde salienta que não acredita que se deva
fazer uma separação entre a teoria e a prática, mas sim também dar voz aos
professores para que eles exponham os conhecimentos que produzem, a partir do
seu cotidiano, realidade da sala de aula, e que para construí-los mobilizam
diferentes saberes para atingir diferentes objetivos, e não apenas
considerá-los reprodutores de alguma teoria e sim profissionais que também
pensam a teoria fundamentando a sua prática, traduzo a importância deste
programa.
Nesse
sentido o contato com o cotidiano
escolar, é de suma importância no processo pedagógico de formação profissional
que criar um elo entre a graduação, a formação teórica e a realidade, fazendo
com que o acadêmico consiga vincular a teoria á prática.
As pibidianas de
Pedagogia realizaram interferências muito significativas na minha escola,
iniciaram este ano realizando levantamentos de dados sobre o acervo literário
da escola durante os meses de janeiro e fevereiro o qual favoreceu
interferências posteriores no decorrer deste ano, após este período focaram na
pesquisa dos níveis de aprendizagens dos alunos baseando-se nas pesquisas de
Emília Ferreiro, nas turmas de primeiro, segundo e terceiros anos, com base
nestes dados as alunas pesquisaram e classificaram jogos educativos, que
poderiam auxiliar os alunos no seu processo de aprendizagem. Alguns destes
jogos referidos eram de origem industrial, outros foram elaborados e
confeccionados de maneira criativa pelas alunas.
Após
estas interferências nos encontramos, comentamos sobre fatos ocorridos durante
a aplicação destas atividades, combinamos previamente as próximas atividades
com os professores regentes de cada turma envolvida.
Nas reuniões com nossa coordenadora
percebo cada vez maisa importância dos registros detalhados
sobre cada experiência vivenciada que tem a finalidade de nortear os caminhos a
seguir, pois os diário, as fichas de
leitura, a rotina diária que auxilia o grupo e norteia o trabalho, os jogos, as
anotações feitas, as descobertas após a finalização de uma atividade são
grandes aliadas para um trabalho eficiente e fonte de reflexões.
As acadêmicas desenvolveram atividades
que visava estimular a criatividade, a
autonomia, a atenção, motivando e levando os aluno a se interessarem pela
escrita e leitura, além disso, trabalharam com a pesquisa sobre as obras de
grandes artistas das artes tais como: Leonardo da Vinci, Tarcila do
Amaral, o que foi uma novidade nas
series iniciais.
As
pibidianas
participaram ativamente de todos os eventos promovidos pela escola. Por fim, o
ano de 2013 foi de muitas atividades e interferências significativas??? Para os
alunos, para nós professores e para as bolsistas, pois
conseguimos expressar nossa
criatividade, participar de momentos que estimularam sentimentos de paz,
solidariedade e afeto o qual a grande maioria dos alunos desta realidade
desconhecem.
As
experiência vividas neste ano me
possibilita reafirmar as colocações dos autores do livro mando Professores
Profissionais da Artmed: “A dificuldade
do ato de ensinar está no fato de que ele não pode ser analisado unicamente em
termos de tarefas de transmissão de conteúdos e de métodos definidos a priori,
uma vez que são as comunicações verbais em classe, as interações vivenciadas, a
relação e a variedade das ações em cada situação que permitirão, ou não, a
diferentes alunos, o aprendizado em cada intervenção.”
Vera
Lúcia Vivian Valgarenghi
APRENDIZADO SOBRE A DOCÊNCIA
No
segundo 2° semestre de 2013 trabalhei
na Escola Vilmar Antônio Madeira,
contando com o apoio para os estudos e
planejamento da professora supervisora da escola e da coordenadora do PIBID,
com o Projeto Aprendendo com o
Folclore na Escola, pois já havia observado que seria
importante desenvolver este tema para despertar o conhecimento cultural nos
alunos durante a prática de minhas aulas. Como parte da cultura que formou a
base da nossa sociedade, como sabedoria informal passada de geração em geração,
trouxe o folclore para as práticas pedagógicas, visto que o mesmo estuda as
manifestações do saber popular, portanto seria necessário estender as
atividades para além das
comemorações do mês do folclore
(agosto), mas sim ir, além disso, apresentando o valor de todas as outras
formas de culturas: local, regional, nacional e mundial como forma de conhecer
e (re)afirmar
a identidade da comunidade. Através do desenvolvimento deste projeto percebi
como o folclore estava inserido no contexto escolar, e a compreensão dos
professores em relação ao tema no processo de ensino e aprendizagem. Para
realizar o projeto observei os alunos, pesquisei sobre o tema, e planejei
atividades a fim de atender s
expectativas dos alunos e suas necessidades em relação a leitura, escrita e
interpretação, pois conforme Zabala(1998) “a
concepção de aprendizagem, que não é possível ensinarmos sem determos nas
referências de como os alunos aprendem, chamando a atenção para as
particularidade dos processos de aprendizagem de cada aluno ( diversidade).” (p.2)
Por esta
razão antes de qualquer aplicação de projetos, desenvolvimento de atividades, é
muito importante conhecer o ambiente dos seus alunos, observando qual a
realidade deles, levando em consideração suas particularidades, podendo assim
desenvolver uma melhor aprendizagem.
Com
essas experiências desenvolvidas na
escola o PIBID me proporcionou uma oportunidade de reflexão na relação
teoria e prática, o que veio a contribuir nos meus estágios curriculares do
curso de Pedagogia, proporcionando uma total confiança e liberdade na atuação
da minha prática, tenho a certeza que também houve mudanças na minha atuação
profissional, dentro da área de Educação Infantil, pude perceber detalhes que
antes se passava despercebido, por de repente não ter esse conhecimento.
Outro aspecto
relevante foi o conhecimento e experiência de faixa etárias diferentes,
possibilitando a mim usufruir dessas experiências fazendo trocas delas, podendo
utilizar brincadeiras, projetos, atividades adaptando-as para o público do meu
trabalho (Ed.Infantil) para as atividades do PIBID com as Séries
Inicias e vice-versa. Para nós estas experiências que temos com a comunidade
colar é uma forma de mais conhecimentos e demonstrar aos demais colegas a
importância do PIBID na Universidade e na escola.
Gabriela
Dorneles de Souza